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sábado, 4 de fevereiro de 2012

“O CRACK NOSSO DE CADA DIA”

Praticamente todos os dias a polícia apreende pedras de crack e prende traficantes dessa droga aqui em Lavras. Se não realizamos prisões todos os dias, é porque não damos conta, vez que traficantes estão espalhados aos montes pela cidade. E porquê tem tantos vendedores de crack? Por causa da procura por esta mercadoria. Todos os dias novos viciados surgem no mercado consumidor, e isso faz proliferar os pontos de venda. No dia 26/01/12, quinta-feira, uma equipe de policiais abordou o Elisson Antônio Petronilho, 19 anos, servente, morador da rua Paulo Costa Pereira, o revistaram, mas não encontraram nada que o incriminasse, porém, antes que o soltassem, os policiais foram informados que o Elisson guardava droga na casa de um vizinho dele, de nome José Vitor Presciliano, vulgo “Dedé”, 33 anos, pedreiro. Então os policiais foram à casa deste, e encontraram 65 pedras de crack. No dia seguinte policiais prenderam Willian Vital de Paula, vulgo William Babalú, 19 anos, morador do bairro N.S.Lourdes. Quando os policiais adentravam à casa, o Willian correu para o banheiro e jogou crack dentro do vaso e deu descarga, porém 12 pedras não desceram e foram apreendidas. Foi a terceira vez que Willian foi preso por tráfico. No dia 31/01/12, a polícia prendeu Lucas de Oliveira Castro, 19 anos, e Alysson Moraes dos Santos, 24 anos, no momento em que eles foram à casa de um Menor, também traficante, 17 anos, e a mãe deste fez a entrega a eles de uma quantidade de crack equivalente a 800 pedrinhas. Que o crack é uma droga fortíssima, que vicia na primeira ou na segunda vez que é fumada, e que escraviza impiedosamente seu usuário, todo mundo sabe. Epa. Será que sabe? Parece que os governantes e os políticos em geral acreditam nisso, vez que, embora estejam alardeando que o crack está prestes a se tornar uma epidemia no Brasil, nenhuma medida concreta foi adotada para explicar à população, sobretudo aos adolescentes e jovens, o perigo em experimentar o crack, em razão do seu poder viciante. Quase todos os dias eu converso com viciados em crack, adolescentes, jovens, adultos, pobres, ricos, etc, e todos me relatam que experimentaram o crack por não saberem que era tão forte, e que viciaram na primeira vez que usaram. Se nossos legisladores e governantes acreditassem na educação, não veríamos tantas mazelas sociais. A prevenção ao uso de drogas se faz com educação, mas falta nas escolas uma disciplina específica para tratar desse assunto. Falta educadores capacitados para trabalharem esse tema, e falta boa vontade política. Talvez porque fazer campanhas propagandistas do governo, “não use drogas”, em horários nobres na TV, rende para alguns, e engana a muitos.

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