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segunda-feira, 29 de junho de 2009

Luto 29/06/2009 - Fã lavrense de Michael Jackson fala das lembranças da passagem do ídolo pelo Brasil


A longínqua noite do dia 17 de outubro de 1993 jamais saíra da memória de João Batista Carvalho. Lavrense, pais de três filhas, o cinéfilo mais famoso da cidade sabe de cor e salteado tudo que aconteceu durante a aquele show histórico de Michael Jakcson (1958-2009), no Estádio do Morumbi,

Pois a lembrança desse momento único ganhou contornos sombrios e tristes para João Batista diante da notícia da morte de um dos maiores gênios da música pop do século XX, ocorrida nesta quinta-feira, dia 24, no hospital da Universidade da Califórnia (EUA), após uma fulminante parada cardíaca.

O cinéfilo recordou aquela que seria a última e única apresentação (foram duas noites) de Michael Jackson no Brasil ao longo de sua carreira. Ele conta que foi presenteado com os convites do show dados por uma amiga paulista e que teve de deixar a filha de poucos meses de vida em Lavras para poder conferir o espetáculo da turnê do álbum duplo Dangerous.

“Em julho de 1993, quando soube das apresentações disse para mim mesmo: não vai ser mulher, trabalho e família que vai me impedir de ir. Ele está em pé de igualdade com Jimi Hendrix, John Lennon, Elvis Presley e Beatles no século XX”, disse.

Quando perguntado sobre a os conhecidos transtornos da vida pessoal do astro pop (embraquecimento da pele, denuncias de pedofilia, entre outros), João Batista se esquivou das perguntas. “A mídia vai insistir nisso, mas eu prefiro me ater ao artista”. Para ele, o que ficará do mito serão as mensagens contidas nas letras de suas músicas, carregadas de problemas sociais e de preocupações para com o próximo. “Será preciso inventar novos adjetivos para poder definir o ídolo”, completou.

O cinéfilo lembra que nas últimas semanas vinha assistindo com freqüência ao clip da canção Trillher com a filha Ana Beatriz, a “Bibi”, de 9 anos, e que a mesma chorou compulsivamente após saber da morte de Michael Jackson. Peço três canções a ele, que logo disparou: Rock With You, Thriller e We Are the World.

Artista engendrou em si as contrações do século XX

Michael Jackson tinha 50 anos e preparava-se para uma monumental digressão de despedida (This Is It) composta por 50 concertos em Londres, na O2 Arena, a decorrer entre 13 de Julho de 2009 e 6 de Março de 2010.

Termina assim, de forma trágica, a história de um cantor que se tornou uma das mais importantes figuras da cultura pop do século XX. Nascido em Gary, Indiana, a 29 de Agosto de 1958, iniciou uma carreira profissional aos 11 anos, com quatro dos seus nove irmãos no grupo The Jackson 5, estrelas grandes no universo Motown dos anos 70, e o primeiro grupo de adolescentes a cativar de igual forma público branco e negro.

Já a solo, deu o primeiro grande passo para se tornar uma estrela mundial com o álbum Off the Wall, em 79. Ajudado por Quincy Jones, Paul McCartney e Stevie Wonder, por exemplo, Jackson conseguiu ter cinco singles no top americano e o álbum vendeu cerca de 20 milhões de exemplares.

Aquilo que Off the Wall anunciava, "Thriller", em 1982, concretizava. Thriller tornou realidade todos os sonhos da indústria discográfica: sete das suas nove canções saíram como single e entraram no top de todas as paradas musicais. A MTV, muito à custa do vídeo do tema Thriller, realizado por John Landis, pegava carona no álbum que se tornou o mais vendido da história, com cerca de 109 milhões de cópias comercializadas em todo o mundo.

Thriller deu início a uma espécie de superliga da pop, na qual poucos artistas até hoje conseguiram entrar, e tornou Jackson todo-poderoso. Foi nestes anos que Jackson afirmou não só a sua música, mas uma série de coreografias que fizeram escola, a mais famosa de todas, o passo moonwalk.

We Are the World, a canção que escreveu em 1985 com Lionel Richie, e os álbuns seguintes, Bad (1987), e Dangerous (1991), iriam cimentar tudo isto. Bad teve cinco singles em primeiro lugar do top americano, e vendas de 30 milhões. "Dangerous" vendeu 32 milhões (a digressão respectiva passou por Portugal a 26 de Setembro de 1992 no Estádio de Alvalade).

A partir dos anos 90, a música deu lugar ao Wacko Jacko, a um circo midiático que incluiu acusações e julgamentos por abuso sexual de menores, confissões de que ele próprio fora vítima em criança de violência por parte do pai, a descoloração da sua pele, as inúmeras operações plásticas que lhe deformaram o rosto. A imagem de um artista escondido atrás de máscara de veludo, o declínio das suas finanças (apesar dos 750 milhões de álbuns vendidos e de contratos milionários).

Michael passou ainda por dois casamentos. O primeiro, em 1994, com Lisa Marie Presley, e o segundo, em 1996, com a enfermeira Deborah Jeanne Rowe, de quem teve dois filhos, Michael Joseph Jackson, Jr. e Paris Michael Katherine Jackson. No ano de 2002, teve um terceiro filho, Prince Michael Jackson II, por inseminação artificial de uma mãe de aluguel.

O seu último álbum de estúdio, "Invincible", saiu em 2001, mas dele pouco há para contar. Na história pop, Michael Jackson foi um Peter Pan trágico que acabou por morrer longe de Neverland.fonte lavras24horas

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