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terça-feira, 30 de junho de 2009

PRESIDENTE DA CÂMARA DE TRÊS PONTAS COBRA ATITUDE DAS AUTORIDADES


Informado através de fotos tiradas na cadeia e por meio dos vereadores que compõem a comissão de Cidadania, o presidente da Câmara Municipal de Três Pontas, José Henrique Portugal aderiu ao movimento que pede uma nova unidade e mais segurança para Três Pontas. Em entrevista ele declinou sua opinião.


Presidente, depois de duas rebeliões em Três Pontas, inclusive esta última bastante grave, como o senhor vê esta situação lastimável da cadeia?

O povo de Três Pontas não pode conviver com uma situação terrível que vem acontecendo em nossa cidade ao longo dos anos. Parece até que Três Pontas não está no mapa de Minas Gerais. Hoje nós temos 55 mil habitantes e uma criminalidade crescente e temos mais de 1.100 inquéritos policiais na delegacia, o que teria no máximo 30 dias de prazo para serem concluídos e temos também trêsmil inquéritos para serem instaurados. Isso é uma falta de respeito com a população porque a questão de segurança pública envolve o Estado e Três Pontas não pode continuar com apenas dois detetives, um fazendo o trabalho burocrático e outro na rua, sem a mínima condição de trabalho. Com isso, a cadeia pública tornou-se um barril de pólvora pronto para explodir a qualquer momento. Pensando assim, reunimos com nossos colegas vereadores e tomamos a decisão de pedir à presidência da Comissão de Direitos Humanos da Assembléia Legislativa que agende uma Audiência Pública em Três Pontas para aferir tudo que está ocorrendo aqui. Outro fato é que nós temos apenas duas Varas em nossa cidade e às vezes demoram as decisões judiciais dado o acúmulo de serviços, apesar do esforço dos juizes e promotores e dos delegados, inclusive do Dr. Célio de Assis, um brilhante delegado que nos deixou. Mas, nós estamos dispostos a usar todos os meios de comunicação para sensibilizar as autoridades. Nós tomamos algumas medidas em 2005 e nada foi feito, agora nós não vamos mais cruzar os braços, vamos tomar medidas sérias para resolver esta questão.
No caso da cadeia, o senhor acredita que seja necessária uma nova unidade ou será possível reformar esta que aí está?

Eu entendo que será necessária a construção de uma nova unidade fora da cidade. A cadeia onde está hoje não atende mais, é pequena e está em um lugar central. Nós precisamos fazer um outro prédio. É um absurdo o que está acontecendo. Nos finais de semana, por exemplo, não se sabe com quem está a chave. Se tivermos uma rebelião, um incêndio, vai morrer todo mundo por culpa do Estado. Nós, enquanto vereadores não podemos permitir isso. Estamos oficiando a Corregedoria da Defensoria Pública, das Corregedorias do Ministério Público e do Judiciário, aos chefes de Polícia e estaremos enviando à Assembléia e também ao presidente da Comissão de Direitos Humanos, deputado Durval Ângelo.
Como o senhor avalia o trabalho da Comissão de Cidadania e Promoção Social da Câmara de Três Pontas?

É bom que se diga que esta comissão, composta por cinco vereadores e presidida pela vereadora Alessandra, vem fazendo um trabalho fantástico, inclusive eles estiveram na cadeia visitando e tirando fotos. Enfim, a comissão está fazendo o seu papel e está de parabéns. Eu gostaria de salientar que já é do meu conhecimento que a delegacia de polícia sequer tem um fax e às vezes nem papel para fazer ofício ao promotor tem. Temos que tomar uma atitude mesmo. Este pedido de Audiência Pública é para levar ao conhecimento das autoridades competentes esta situação para que tomem providências, porque na hora que acontecer um acidente grave lá, ninguém vai poder dizer que não tinha conhecimento. Nós estamos passando fax para todas estas autoridades, inclusive ao governador do Estado.

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